
Com “Diário” é por aí, embora a prosa paranóica, entrecortada e enigmática esteja lá, assim como todas as mensagens subliminares e críticas – tanto veladas quanto diretas na cara – ao american way of life.
O tal diário é de Misty, dona de casa frustrada, alcoólatra e garçonete em uma ilha onde os ricos do litoral tem casas de veraneio. A pobre também é mãe de uma pré-adolescente e esposa de um louco em coma que, antes de tentar o suicídio e virar vegetal, praticou uma série de vandalismos inusitados nas casas onde fez serviços de carpintaria.
Mas como tudo que Palahniuk escreve, nada é o que parece – a monotonia insuportável dos dias de Misty vai ganhando nuances misteriosos, revelados em pequenas pistas, e um quebra-cabeça é montado peça a peça conforme os dias são relatados nas páginas do diário.
Boa história, bom clima, desfecho razoável. Mas não tem Tyler Durden. Quem sabe no próximo, Chuck?
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