Se você desconhece quem é Rubem Fonseca, bom, não é aqui neste post que eu vou te apresentar ao cara. Ainda me lembro das noites sem dormir aos 13 ou 14 anos, por conta do soco na cara que é o Feliz Ano Novo.
Fonseca me apresentou a um submundo cínico, brutal e amargo, povoado de taras e vícios inconfessáveis, bem diferente dos cenários prosaicos da mineirada do Para Gostar de Ler, que era o meu feijão com arroz na época. E foi quem me viciou em livros sobre coisas feias, sujas e ruins.
Este Diário de um Fescenino mostra um autor afiado, destilando seu veneno, que se não é tão letal quanto em "Bufo & Spallanzani" e "O Caso Morel", dá um couro em coisas pau mole como a "Confraria dos Espadas" e outros livros dele que andaram saindo, todos meio aguados. Talvez seja o peso dos 80 anos... não vamos criticar o cara por isso, quero ver Mick Jagger ainda rebolar tanto quando chegar lá - se chegar.