Tenho um baita preconceito com best-seller. Até hoje sinto pontadas de culpa por não ter achado "O Código Da Vinci" um livro tão ruim.
Mas o Marley... bom, o Marley foi a vingança de todos eles, Sidney Sheldon, Dan Brown, Paulo Coelho, Tom Clancy... bicho safado.
Comecei a folhear o livro - que apareceu na minha mão por acaso - com aquele meu ar default de desprezo. Mas página aqui, página ali, acabei fisgado pelo papo casual do autor, que esbanja na ironia e leva a história num ritmo OK, embora mantenha aquela dose de ingenuidade cuti-cuti que incomoda leitores rabugentos que nem eu.
Ou seja, deixei de lado o controle de qualidade e fui em frente: aí já era. Como assim, um labrador de 50kg com DDA e ataques de pânico? Cada caso surreal, de comer caixa de som até entortar gaiola de barras de ferro - uma ótima razão para nunca nem pensar em ter um cachorro, mandamento que sigo até hoje muito feliz.
Mas aí o tempo vai passando, e conforme Marley vai envelhecendo e fazendo altos sacrifícios para agradar os donos mesmo todo entrevado, a parada pega.
Quanto ao grand finale, não vou contar, mas esse suburbano metido a mau aqui acabou derramando uma ou duas lágrimas sentidas, proeza que só mais uns dois livros na vida também conseguiram (um deles foi a "Revolução dos Bichos", será algum fraco por animais se ferrando?).
Obviamente, não vi o filme.
2 comentários:
Esse livro é delicioso, eu sou a namorada do comentarista e recomendo.
Que bonitinho hehehehehhe
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